Clique aqui para assinar a petição promovida pela ALP – Associação Lisbonense de Proprietários
O congelamento de rendas em Portugal é uma herança secular do passado que que desencadeou e agravou a crise habitacional sem precedentes que hoje se atravessa no país, com consequências graves para toda a sociedade portuguesa.
As medidas de congelamento das rendas sufocam há décadas a criação de um mercado de arrendamento equilibrado no país. Condicionam o acesso dos jovens à habitação, limitam o investimento e toda a economia, aumentando as assimetrias sociais e económicas a nível nacional. Graças ao regime de arrendamento anterior a 1990, sucessivas gerações de milhares de proprietários de imóveis são forçados a assumir, há mais de 110 anos e sem justa compensação, um papel social que cabe apenas ao Estado.
É tempo de exigir justiça e a reparação de todos os danos causados pelo congelamento de rendas em Portugal.
A falta de investimento na habitação, a degradação do parque imobiliário das cidades e a desigualdade entre inquilinos e proprietários são apenas alguns dos problemas causados por esta política obsoleta que não é abolida por falta de coragem política.
Assine esta petição, promovida pela ALP – Associação Lisbonense de Proprietários e exija às forças parlamentares e Governo medidas urgentes para garantir a abolição do congelamento de rendas em Portugal.
Através deste abaixo-assinado afirmamos que todos os portugueses – jovens, adultos e idosos – têm de ter acesso a uma habitação digna, a preços justos. E exigimos justiça para os proprietários lesados pelo congelamento de rendas de décadas, que se perpetua impunemente.
Agradecemos o seu apoio. Juntos somos mais fortes.
Considerando que:
Através desta petição pública, os abaixo-assinados exigem às forças parlamentares na Assembleia da República e ao Governo:
Basta! Portugal tem o congelamento de rendas mais antigo e vergonhoso do mundo. É uma medida salazarista, retrógrada, que destrói o acesso à habitação pelas gerações mais jovens, empobrece as cidades, o seu edifocado e os proprietários que aplicaram as poupanças de uma vida em imóveis de rendimento.
Tem de haver coragem política para acabar com este marasmo. O Estado – e não uma percentagem de proprietários privados espoliados há décadas por este – deve assumir o papel social que lhe compete no mercado – subsidiando os arrendatários que, de facto, necessitam de apoio social.
É fundamental promover um mercado onde os direitos e interesses de todos os envolvidos sejam respeitados. Não é aceitável que o Estado português continue a infligir uma brutal amputação aos direitos dos proprietários que têm arrendamentos anteriores a 1990.
Os senhorios não pediram qualquer subsídio ao Estado – querem apenas ter direito à sua propriedade, algo de que muitos, desde a Primeira República, estão privados. Não pode pender sobre os proprietários privados o peso burocrático de instruir essa carga administrativa. Deve caber aos inquilinos carenciados a instrução deste apoio junto das entidades competentes.
É necessário criar um mecanismo transparente e eficiente para que os proprietários com arrendamentos anteriores a 1990 possam atualizar as rendas de forma justa e equitativa, aproximando-os do valor de mercado de arrendamento acessível, que hoje conta com o apoio Estatal.
O limite da renda até ao 1/15 do Valor Patrimonial Tributário do imóvel, tal como está estipulado na lei, traduz-se frequentemente em valores de metade até 40 vezes inferiores aos preços de mercado de “arrendamento acessível”.
A impactar a renda apurada por este critério, está a variável do coeficiente de vetustez a que está agregado. Todos os contratos anteriores a 1990, por definição, têm um coeficiente de vetustez máximo de 0,75, resultando em rendas de valores irrisórios. Por absurdo, são os senhorios que há mais tempo suportam o congelamento de rendas, aqueles que são mais penalizados com rendas baixíssimas, por via do coeficiente de vetustez, já que os seus imóveis são também necessariamente os mais antigos.
Os proprietários com rendas congeladas têm de poder atualizar os valores das suas rendas já em 2025 – cabendo ao Estado apoiar os inquilinos com carência económica comprovada que tenham taxas de esforço superiores a 35% com esta actualização da sua renda.
Exigimos que o valor apurado da renda em sede de actualização extraordinária a promover em 2025 esteja indexado aos coeficientes do arrendamento acessível, apurados pelo INE – que já beneficiam de subsidiação e benefícios do Estado.
Recorde-se que, de acordo com um estudo oficial de 2023, as perdas anuais dos senhorios com rendas congeladas são superiores a 600 milhões de euros – muitos deles suportados há mais de meio século – e esta é uma solução equilibrada e justa.
O Estado deve compensar os proprietários pelas perdas financeiras causadas pelo congelamento de rendas ao longo dos anos, canalizando fundos do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, para apoio à reabilitação e reconversão de imóveis que décadas a fio estiveram amarrados ao congelamento de rendas. Esse apoio deve ser majorado progressivamente pelo número de anos que os senhorios tiveram de suportar rendas congeladas.
Não é aceitável que os privados, o Estado e os impostos de todos os contribuintes estejam a proteger inquilinos que auferem rendimentos mensais até €4.433,33, como agora está consagrada a proteção aos contratos anteriores a 1990.
Reclamamos que só possam ser elegíveis à não transição para o NRAU e protegidos com contratos vinculísticos os agregados de arrendatários que aufiram até 2,5 Retribuições Mínimas Nacionais Anuais (cerca de 3 salários mínimos mensais), e cuja renda suportada signifique uma taxa de esforço superior a 35% do rendimento do agregado.
Assine esta petição e exija uma reforma do mercado de arrendamento que promova o investimento, a criação de emprego e a melhoria da qualidade de vida de todos.
Junte-se a nós por um futuro mais justo e equitativo para todos os portugueses, com a correção de uma injustiça histórica.
Clique neste link para assinar a petição pelo fim do congelamento das rendas em Portugal