ALP
ASSOCIAÇÃO
LISBONENSE
DE PROPRIETÁRIOS
Arquitectura ao serviço dos Proprietários

Arquitectura ao serviço dos Proprietários

A ALP reforçou o seu Gabinete de Arquitectura para dar uma resposta profissional, especializada e acessível às crescentes solicitações e necessidades dos seus Associados.

Inês Almeida e Décio Cardoso são os rostos do Gabinete de Arquitectura da ALP. Diariamente prestam apoio transversal e desenvolvem projectos chave-na-mão em matéria de reabilitação urbana e também no âmbito da reconversão e adaptação de imóveis ao mercado de alojamento local. Em entrevista à Propriedade Urbana, a equipa de jovens arquitectos da ALP desmonta mitos e preconceitos relacionados com a Arquitectura e explica, em discurso directo, o que é que o Gabinete de Arquitectura da ALP pode fazer pela rentabilização dos imóveis dos seus Associados.

São ambos jovens, e integram a mais antiga e representativa associação de proprietários imobiliários portuguesa. Como encaram esse desafio e responsabilidade?

É com enorme entusiasmo que encaramos diariamente o desafio de estar ao serviço dos Associados da ALP, procurando optimizar a rentabilidade dos seus imóveis, e dar resposta às suas necessidades, que podem ser muito diversas – desde as pequenas intervenções cirúrgicas até às obras de grande escala. Por outro lado, a ALP completou este ano 129 anos de vida, e estamos cientes da responsabilidade que acarreta integrarmos esta equipa de profissionais que há mais de um século trabalha inteiramente dedicada aos proprietários portugueses. Sentimos ambos que a ALP demonstrou ser uma associação capaz de acompanhar a evolução dos tempos, adaptando-se, e lançando um conjunto de serviços inovadores com qualidade e experiência irrepreensíveis ao serviço dos proprietários portugueses. E estamos muito entusiasmados em participar activamente no contínuo crescimento e modernização desta instituição.

Existe a ideia de que um projecto de arquitectura e o acompanhamento especializado de um arquitecto é algo oneroso e inacessível. É mesmo assim?

Foi criada, no passado, a ideia de que a arquitectura estava apenas ao serviço de uma elite ou do Estado. Acontece que a arquitectura sofreu um processo de democratização, sendo hoje muito mais acessível. Está também enraizada a ideia de que qualquer obra pode ser combinada directamente com o empreiteiro, e que, assim, se poupa dinheiro. Não podia ser mais errado – e é nestes casos que o barato geralmente sai caro. Os proprietários urbanos devem compreender que um projecto de arquitectura tem como principal objectivo optimizar e racionalizar os recursos existentes. Fazer um projecto de arquitectura não envolve só a concepção criativa. Implica também o planeamento e a escolha de soluções vantajosas – construtivas, de materiais e outras inovações que têm surgido – sempre com uma visão de longo prazo e de retorno do investimento. Avançar para uma obra ou empreitada sem um projecto sai muitas vezes mais caro, devido a decisões precipitadas ou pouco pensadas, que têm normalmente consequências onerosas a curto, médio e longo prazo. Foi por causa destas ideias pré-concebidas que a ALP decidiu reforçar a sua equipa de arquitectos. A nossa equipa oferece aos Associados recurso a serviços de arquitectura de forma descomplicada, com custos muito competitivos face ao mercado, e soluções desenhadas à medida dos nossos clientes. Porque cada caso é um caso.

  Porque deve um proprietário de imóveis ter como parceiro um arquitecto?

Sobretudo porque as construções envelhecem e degradam-se. Ao longo da vida de um imóvel surgem diversos tipos de problemas e necessidades de intervenção, que se não forem atendidas repercutem-se no valor e na rentabilidade do imóvel. É por isso importante manter e intervir regularmente num imóvel, para prolongar a sua vida útil, e para evitar custos mais avultados de reabilitação.

Sempre que se intervém no património imobiliário é essencial tomar decisões pensadas a longo prazo e não optar por soluções de remedeio, que levam, mais tarde ou mais cedo, a incorrer em mais gastos. Neste sentido, o arquitecto é a pessoa mais qualificada para estar ao lado do proprietário de imóveis, ajudando-o a tomar as melhores decisões, quer na fase de projecto, na escolha de materiais e equipamentos, quer também no acompanhamento da obra. Só com uma boa fiscalização de obra é que conseguimos garantir uma boa execução dos trabalhos.

  Qual é a abordagem do Gabinete de Arquitectura da ALP face ao fenómeno do Alojamento Local? Que serviços podem oferecer aos Associados?

O fenómeno do alojamento local em Lisboa tem crescido exponencialmente. A nossa cidade tem uma apetência natural muito grande para este modelo de negócio e os nossos Associados encontram neste mercado uma enorme oportunidade para rentabilizar o seu património imobiliário. A equipa de arquitectos da ALP apoia o gabinete de Alojamento Local da instituição, que está habilitado a assumir toda a logística associada à colocação e gestão dos imóveis dos Associados em regime de arrendamento de curta duração. Além dos projectos de arquitectura, concepção de cadernos de encargo, consulta e selecção de empreiteiros parceiros da ALP, acompanhamento e fiscalização de obra, a equipa de arquitectos da ALP realiza também para os Associados projectos de decoração de interiores e exteriores. Neste mercado, onde a concorrência é cada vez maior, uma boa decoração é um elemento diferenciador fundamental na escolha de um imóvel. Nesse âmbito, os nossos Associados podem contar com um serviço completo de escolha, compra, montagem de equipamentos e decoração. É um serviço chave-na-mão.

 Qual diriam que é o papel da Arquitectura no século XXI, especificamente em Portugal e, mais concretamente, na cidade de Lisboa?

Reabilitar, reabilitar, reabilitar. Depois dos excessos de urbanização no final do século passado, temos hoje a responsabilidade de consolidar e cuidar do património edificado existente, procurando soluções sustentáveis a longo prazo. Acreditamos que haverá mais oportunidades na reabilitação do que em obra nova, o que consideramos ser um cenário muito promissor, quer em termos de trabalho, quer em termos da imagem da nossa cidade.

  Acham que a Arquitectura pode influenciar a maneira como a sociedade funciona?

 Certamente! A qualidade de vida está intrinsecamente ligada à qualidade dos espaços que habitamos. Os locais onde passamos a nossa vida têm o efeito de nos moldar, de influenciar a perspectiva que temos das coisas, a forma como nos relacionamos com os outros.

Por isso uma sociedade é reflexo do espaço onde se desenvolve, para depois ela própria se reflectir na forma como se constrói. São conceitos inseparáveis: somos o que construímos e construímos o que somos.

  Como descreveriam a arquitectura de Lisboa?

Lisboa é uma cidade magnífica, muito genuína, com características arquitectónicas únicas em relação às outras grandes cidades europeias. Vai buscar essa unicidade a um tecido urbano de pequena escala, com diversos bairros que mantêm as suas identidades próprias.

  Qual o vosso bairro de Lisboa de eleição?

É difícil escolher um bairro, mas destacamos o Príncipe Real, onde está sediada a ALP, pela sua agitação cosmopolita; Alvalade, pelos seus espaços verdes; Alcântara, pela sua relação com o rio; Alfama, pelo seu bairrismo tradicional; Campo de Ourique, pelo comércio local… Mas a verdade é que todos os bairros têm a sua alma própria.